Network e Networking - Por Silvio Smelstein e Arabaci Sciamarelli

Network e Networking seriam a mesma coisa? Até onde essa diferença é importante?

A tradução de network é rede, mas também pode ser entrelaçamento, cruzamento, entrecruzamento.

Uma das definições de network em inglês é de um sistema de intersecções de linhas, estradas, veias etc.

Já o networking é a prática de trabalhar, de cultivar a sua rede de contatos (network).

Ou seja, network é a rede, o substantivo e networking é o verbo, a ação, o processo de criar, manter e expandir essa rede.

Cada contato é um nó da sua rede e a confecção de uma rede é feita nó a nó. Um a um, no tempo certo, no lugar certo e da forma certa.

Cada contato novo ou reativado renova a rede como um todo. As conexões, os nós, podem se entrelaçar reforçando assim a rede.

A correlação do Network com uma rede de pesca ou rede de proteção é muito bem-vinda. As redes são mais fortes, sustentam mais peso quanto mais rígidas forem, quanto mais equilibradas forem. Não se concebe uma rede com um nó puxando tudo para seu lado ou o desequilíbrio se estabelece e a força desaparece.

Portanto sempre imagine-se contribuindo para a rede, oferecendo ajuda, oportunidades. Pensar que quanto mais contatos você tiver mais irá beneficiar-se da rede é causar o desequilíbrio, é enfraquecer a rede. Um nó que exige demais irá “esticar a corda” e com isso reduzir a área total da rede.

O que importa não é o número de nós aos quais você se conecta, mas sim à qualidade destas conexões, ou seja, os relacionamentos estabelecidos. E relacionamento envolve convivência, comunicação e atitudes que devem ser reciprocas.

Como agregar nós a nossa rede? Como criar relacionamentos profissionais? Como trabalhar o networking?

Cada um de nós conheceu ao longo da vida muita gente. Onde andam? O que fazem? O que seus filhos fazem? Onde seus pais ou irmãos trabalham? Todos temos condição de montar um network sólido. Relembrem sua vida até hoje e onde conhecemos pessoas:

·         Família, familiares e seus agregados;

·         Amigos de infância;

·         Vizinhos;

·         Colegas de escola;

·         Companheiros de esportes e clube;

·         Comunidades religiosas que frequentamos;

·         Parceiros das atividades que realizamos, música, teatro, cursos em geral e de idiomas;

·         Colegas de faculdade e professores;

·         Companheiros de empresas onde trabalhamos;

·         Clientes;

·         Fornecedores;

·         Relacionamentos de eventos, congressos e exposições;

·         Membros de associações, sindicatos;

·         Prestadores de serviços.

Podemos relacionar centenas de nomes a partir da relação acima. A partir daqueles que o relacionamento perdurou,  procure saber do “resto da turma”. Reative os contatos, que eles saibam sobre seu trabalho e você saiba deles. Se você puder ser útil a algumas destas pessoas, tenha certeza de que você será lembrado e seu nome poderá ser mencionado quando estas mesmas pessoas estiverem conversando com seus maridos, mulheres, pais, filhos, colegas e algum ponto em comum aparecerá.

Devemos lembrar que networking exige mudança de crenças, de mindset. Algumas crenças são limitantes:

·         Só buscar networking com ”decisores”; não nos esqueçamos dos ”influenciadores”;

·         Precisa ser da mesma área de atuação;

·         Precisa ser do mesmo segmento;

·         Só pode ser da minha rede profissional.

Não substime ou supervalorize as pessoas, todas são importantes”.

Uma rede de contatos não é construída da noite para o dia. É como a confecção da rede de pesca, nó a nó.

Sua rede já existe. Necessário trabalhá-la continuamente, expandindo e aprimorando a qualidade dos relacionamentos.